quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos - Resenha

E aí pessoal, sentiram minha falta? Sei que não.
Bom, muito tempo se passou desde minha última postagem sobre Game of Thrones. Venho aqui dizer que não é sobre esta série que irei falar, mas sobre minhas singelas opiniões acerca de O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos.
Vou dividir minha postagem de forma que quem não viu ainda saiba o que esperar, quem viu saiba o que achei e quem leu também possa tomar suas conclusões. De qualquer forma, há spoilers abaixo, leia por sua conta e risco.

O HOBBIT: PARA QUEM NÃO VIU O FILME.
Bem, o que dizer. A verdade é que este filme (realmente o mais curto de todos) encerra a trilogia de forma épica, mas creio que não de forma tão excelente como O Senhor dos Anéis. Se você está esperando encontrar um filme como O Retorno do Rei esqueça. Não é assim que as coisas são.
Primeiro de tudo: é vital que você tenha assistido o segundo. Tudo é imediatamente sequencial. De fato, o filme começa com o ataque a Esgaroth de tal forma que tudo se resolve antes que o letreiro “A Batalha dos Cinco Exércitos” apareça. A partir daí é só a batalha mesmo.
Os atores estão excelentes, principalmente Richard Armitage (Thorin) ao interpretar a “doença do dragão” que ele acaba contraindo da mesma forma que seu avô, Thror. Aliás, a linhagem de Durin é mais elaborada neste filme, apresentando efetivamente Kili e Fili como sobrinhos do rei e também seu primo Dáin Pé-de-Ferro (que aliás, tem uma entrada triunfal).
Bard assume o papel de líder do povo do Lago, com a difícil tarefa de reconstruir suas vidas em Valle, ajudados (apesar do nariz torcido) por Thranduil, o rei élfico. Aliás, Thranduil está insuportável no filme, mas no fim percebemos suas razões. Legolas ainda está indefinido sobre sua relação com Tauriel, enquanto o romance dela com Kili também não agrega nada à história.
O que eu achei? Poderia ter sido melhor. Mas no fim poderia ter sido pior também, então é melhor não reclamar e esperar os 30 minutos adicionais da Versão Estendida.


O HOBBIT: PRA QUEM VIU O FILME:
SPOILERS À FRENTE:
Creio que este filme provou que O Hobbit poderia SIM ter sido transformado em apenas dois filmes. Este foi um tremendo tapa na minha cara, já que sempre apoiei a ideia da trilogia. Entretanto, não dá pra colocar o leite de volta na vaca depois de ordenhado.
O ataque à Cidade é muito bem exposto (apesar de eu não ter visto muito bem porque cheguei atrasado e perdi os primeiros cinco minutos do filme L). A fuga de Bard me pareceu um pouco forçada, principalmente pelo fato de que ele NÃO PRECISAVA ESTAR NA CADEIA. Sério, por que colocaram ele lá? Não fez sentido, deixasse ele em casa, cuidando do Kili ferido e ajudando a defender os filhos dos orcs. Mas beleza...
Quanto à chegada da Flecha Negra, pode parecer um alívio para todos, mas nunca gostei dela. Acho que Bard poderia ter acertado aquele buraco nas escamas com seu próprio arco, sem depender daquela lança gigante, mas whatever... A voz de Benedict Cumberbatch ressoando pela cidade em chamas ficou excelente, principalmente quando pergunta: “Quem é você que se coloca contra mim?”. Fantástico. O estrebuchar no céu e a queda rumo à cidade (e ao barco do Mestre) também é memorável.
A recuperação dos cidadãos do lago graças ao exército élfico também foi bem explicada. Obviamente Bard nunca tentaria lutar contra Thorin, mas depois de ter sido auxiliado por Thranduil, ele precisa apoiar os elfos. O cerco a Erebor se desenrola por pouco tempo, devido, claro, à chegada oportuna de Dáin e seu exército de anões (Bom dia, senhores. Gostaria de oferecer minha proposta. Poderiam, por favor, DAR O FORA DAQUI?). Hilário. Melhor ainda quando ele chama o rei élfico de “fadinha da floresta” (algo que todos nós pensamos, mas nunca verbalizamos, claro).
Legolas e Tauriel em Gundabad foi uma referência EXTREMAMENTE ÓBVIA à saída dos exércitos de Minas Morgul em O Retorno do Rei. O raio verde foi substituído por morcegos e o Senhor dos Nazgul por Bolg. Tudo o mais permanece igual. Aliás, este filme está repleto de referências, não? A própria fala "morcegos feitos com um único propósito: guerra" lembra bastante a fala de Aragorn ("um exército feito com um propósito: destruir o mundo dos homens").
A libertação de Gandalf foi legal, mas na verdade eu esperava mais. Galadriel, Elrond, Saruman e Radagast fazem um esforço conjunto: Ela o liberta de sua prisão (onde ele estava sendo torturado pelo orc que deveria interpretar Bolg), Elrond e Saruman distraem os Nazgul enquanto Radagast leva Gandalf embora. Na verdade, esta cena não passa de outra referência a O Senhor dos Anéis. Galadriel mostra a todos o poder de um anel dos elfos quando usado em luta. Aliás, achei ela meio assustadora nesta cena. Me lembrou um pouco a Eva Green possuída em Penny Dreadful.
Não gostei muito do enfrentamento com Sauron, principalmente pela aparição dos Nazgul como personagens de videogame (foi incoerente com a forma etérea com que apareceram no primeiro filme) e além disso me pareceu um panorama muito estranho. Uma hora mostrava ele, outra hora ela mas nunca os dois se enfrentando. Além disso, a frase que ela falou “Você não tem poder aqui!”, não lembra alguma coisa? Sim, lembra As Duas Torres, no “exorcismo do Saruman”. De qualquer forma, ver Saruman lutando eu achei do KCT, ainda mais com sua fala final “deixem Sauron comigo” uma clara ponte com a aliança das Duas Torres (Orthanc-Bard Dûr).
A jornada de Thorin também é incrível, principalmente quando ele deixa de se tornar o louco do ouro e finalmente parte para a luta. Aliás, Peter Jackson quis demonstrar três formas de batalha no filme: uma luta campal, um cerco e uma incursão. Os locais? Erebor, Valle e o Morro do Corvo, que aliás, trocou de lado em relação ao livro (no livro, o Morro é o centro de comando dos elfos, no filme é a fortaleza de Azog).
A luta em campo nos portões de Erebor é excelente, mostrando o sincronismo dos elfos (ques estavam em formação para atacar Dáin) com a resistência dos anões contra os orcs e trolls vindos dos túneis (diga-se de passagem, de onde vieram aqueles vermes? Eu hein...). A batalha em Valle envolve mais lutas em ruas e lugares apertados, onde Thranduil mostra toda a exuberância (ui!) de sua luta e a participação dos homens na defesa de sua recém-reconquistada habitação. Quando finalmente Thorin acorda para a vida temos a incursão para “cortar a cabeça da serpente”, em que Thorin, Fili, Kili e Dwalin tentam matar Azog e acabar com a batalha e o final da história se desenrola. Gostei bastante desta adição. Demonstra um objetivo dos anões e não simplesmente “se defender desesperadamente” como ocorre no livro.
Na batalha, há várias considerações a fazer. 
Primeira: a participação de Beorn foi ridícula e não teve o peso que tem no livro. 
Segunda: a disciplina do exército élfico é simplesmente invejável. 
Terceiro: graças a Deus, não teve borboleta neste filme.

O HOBBIT: PARA QUEM LEU E ASSISTIU O FILME:
SPOILERS BRABOS AGORA:
É sério: leia SOMENTE se você, no mínimo já viu o filme e se leu o livro.
Quem leu sabe a importância de Dáin Pé-de-Ferro na trama. Ele, como parente mais próximo de Thorin, é o terceiro na linha de sucessão, logo após Fili e Kili. Mesmo assim, ele apareceu muito apagado neste filme, e quando o filme acaba, parece que ele nem existe, quando na verdade ele é (no fim da história) o Rei Sob-a-Montanha. Não gostei deste tratamento. Além disso, espero ver mais anões lutando na versão estendida.
Não foi muito bem explicado, mas o verdadeiro propósito de Thranduil era recuperar o colar de sua esposa, feito por anões. O nome da joia foi dito no filme: As Pedras Brancas de Lasgalen. No caminho para casa estive pensando: Lasgalen significa “Folhas Verdes” em Sindarin, não? Ora, se o nome completo do Legolas é "Legolas Verde-Folha", será que podemos presumir que sua mãe chamava-se Lasgalen? Não sei talvez seja doideira. De qualquer forma deve ter sido uma excelente guerreira (como Tauriel, isso explicaria a apaixonite do príncipe élfico) que morreu na luta contra Angmar.
Aliás, o plano de Sauron era esse, afinal de contas: conquistar a montanha e recuperar o norte e o reino de Angmar, através do comando de Azog e Bolg em Gundabad. Aliás, Azog demonstra ser um excelente estrategista na batalha, mas, na boa, é um personagem sem sentido. Ele poderia ser chamado de Bolg sem nenhum prejuízo à história e ainda faria sentido com o livro caso ele buscasse vingança pela morte do pai em Moria, mas de qualquer forma, OK.
Quanto aos elfos, a referência a Aragorn eu achei fantástica (principalmente com o tema da Sociedade tocando no fundo). Isso define um destino para Legolas e explica porque ele é tão afastado do pai, além de mostrar a origem da amizade entre ele e Aragorn. Apesar disso há uma incoerência: Legolas não deveria ir para o norte e sim para o Oeste, afinal, Aragorn não estaria em Valfenda? Ou talvez eu esteja errado, sei lá.
Tauriel, que no fim lamenta a morte de seu amor recém descoberto, provavelmente deve ter seguido para Valinor a fim de esquecer os males de Arda. Aliás, a morte da linhagem de Durin foi muito bem construída: Fili teve o mesmo destino de seu bisavô Thror, morto por Azog para demonstrar o poder dos orcs e a promessa feita pela orc pálido de destruir a Linhagem de Durin; Kili morreu por amor, nas mãos de Bolg e Thorin finalmente obteve sua vingança.
A luta entre Thorin e Azog é fantástica, assim como a batalha entre Legolas e Bolg (onde vemos a repetição da técnica de prender a espada na axila). Devo dizer que, apesar de gostar desta luta, achei que acabou limando a participação de Beorn, cuja tarefa principal era matar Bolg e acabou sendo uma decepção para os leitores. Apesar disso achei a cena de Legolas andando no ar um pouquinho tosca e a cena do morcego um pouco forçada (aliás, como ele conseguiu ficar de ponta cabeça?).
Na verdade, existem tantas coisas a dizer que eu levaria horas digitando e você, leitor, horas lendo. Mesmo assim, acho que vale, sim, a pena ver este filme no cinema. Creio que não ganhará Oscars como fez O Senhor dos Anéis, mas foi uma saga divertida. O final é emocionante (e quanto a velhos amigos? Linda esta cena) mas ainda assim, reafirmo o que disse no começo: DOIS BASTAVAM.

P.S.: Aquele Alfrid é completamente desnecessário. Um verdadeiro personagem supérfluo.
P.P.S.: Prefiram assistir em 2D. Achei o 3D completamente dispensável.

P.P.P.S.: Ainda acredito em Peter Jackson, mas se for para modificar O Silmarillion da mesma forma que ele fez com O Hobbit, talvez seja melhor deixar pra lá ou passar para outro diretor. Talvez Guillermo Del Toro dê conta.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Game of Thrones - As Crianças

E finalmente, chegamos! SEASON FINALE!
Uma das coisas mais tristes em Game of Thrones é a duração tão pequena das temporadas. Nos preparamos o ano todo apenas para vermos dois meses passando com a velocidade de um raio... Mas aqui vamos nós...

ATENÇÃO: SPOILERS
LEIA POR SUA CONTA E RISCO

Logo de início vemos a resolução do núcleo de Jon Snow e os selvagens, conforme terminou "The Watchers on the Wall". Mance Rayder (que praticamente ninguém lembra quem é) discute com Jon os termos da rendição quando uma tropa de cavaleiros surge e bota ordem no pedaço. Descobrimos então o que é que Stannis Baratheon e Davos estavam fazendo em Braavos...
Não sacou? Pois é, ficou muito subjetivo, mas a verdade é que Stannis foi garantir o dinheiro para salário e alimentação de seus soldados em Braavos. Soldados que prontamente cercam os selvagens (só uma parte, na verdade, já que não dá pra cercar CEM MIL com apenas um punhado) e tomam a Muralha e Castelo Negro como sua nova base.

Cersei tem um papo reto com seu pai, deixando claro a verdade sobre ela e Jaime. Obviamente, Tywin finge que não sabe de nada e fica por isso mesmo. Cersei está cada vez demonstrando maior desequilíbrio emocional, causado principalmente pela desconfiança excessiva e o alcoolismo. Aliás, tudo o que acontecerá na próxima temporada é consequência disso. Vale lembrar dos esforços de Cersei e Qyburn em salvar a vida de Gregor Clegane, o que será muito importante na quinta temporada, com a entrada do núcleo de Dorne e da Fé dos Sete.

Daenerys enfrenta um novo dilema agora: ela deu aos meereeneses a liberdade, mas muitos deles vivem agora uma situação pior que a anterior (nos livros quem lhe dá essa dica são os lutadores das arenas). Este novo quadro vai causar uma nova situação na próxima temporada: o surgimento daqueles que preferem voltar a ser escravos. Por fim temos a emocionante cena do pai da criança queimada. No livro 5, a Dança dos Dragões, Dany fica muito abalada com aquilo e mais ainda com o que é obrigada a fazer: trancar Rhaegal e Viserion, dois de seus dragões, nas masmorras da cidade. Drogon, o dragão negro, está desaparecido, mas tenham certeza de que nós o veremos novamente.

Brienne e Podrick chegam próximos ao Portão Sangrento e encontram Arya e Cão-de-Caça. Devo dizer que tive um calafrio nessa parte, já que Brienne nunca chega a saber onde está Arya nos livros. Entretanto, podemos assumir que esta é uma boa adaptação para a busca de Brienne no livro seguinte, já que agora ela "sabe" que a garota está por perto e, portanto, tem o que fazer nas Terras dos Rios. Foi uma boa luta entre Brienne e Sandor, selvagem e louca, deixando o "pobre" homem à beira da morte. Embora Cão-de-Caça chegue a implorar, Arya simplesmente vai embora, deixando-o à mercê da morte. (Já ouvi estranhas teorias sobre o que acontece com Cão-de-Caça depois).

O núcleo de Bran finalmente alcança seu objetivo, ao chegar no represeiro e no lar do Corvo-de-Três-Olhos. Fiquei realmente chateado ao perceber que não veremos Mãos Frias na série, um personagem tão enigmático quanto sua aparência... Mas deixemos do jeito que está. Próximos à entrada, eles são atacados por mortos-vivos, iguais aos que aparecem no final da segunda temporada. Nesta cena, Jojen acaba encontrando seu fim, apesar de estar vivo nos livros o que, como eu disse em postagens anteriores, isso é um spoiler aos leitores de George Martin. A partir de então, entraremos numa das partes mais enigmáticas da história: a mitologia das Crianças da Floresta, um povo mágico que vivia em Westeros antes mesmo da construção da Muralha, e uma das grandes esperanças de ser o povo que nos contará quem são os Caminhantes Brancos.

E finalmente vemos a resolução do núcleo de Tyrion. Esperavam que o anão ia perder sua cabeça? Hoje não. Tyrion pode não tê-la perdido fisicamente, mas emocionalmente ela foi pro espaço.
Tyrion é tirado de sua cela por Jaime a mando de Varys, que pretende mandá-lo para o outro lado do mar, mas antes de partir, resolve confrontar seu pai acerca de sua sentença. Qual não é sua surpresa ao ver ali sua amante, Shae, servindo a Tywin (que afinal, também parecia ter apetites de homem).
Mãos de ouro são frias comparadas às mãos de uma mulher... Essa é uma frase que acompanha Tyrion durante toda a cena nos livros, e na série também, ao que parece. Ao estrangulá-la, Tyrion atinge o seu limite, perdendo tudo o que lhe era precioso ali. Só mais um inimigo a enfrentar antes de partir...
Tyrion confronta seu pai na latrina e nem ali, Tywin percebe o quanto realmente o anão se parece com ele. Por fim, pelo amor de sua amante e pela ofensa de seu pai, Tyrion dá a Tywin Lannister seu fim mundano. É interessante lembrar a frase que do anão, nos livros:
"Por fim, Tywin Lannister não cagava ouro". 
A surpresa de Tywin na cena demonstra que nunca deu valor ao único filho parecido com ele: Tyrion, o Duende. Tyrion parte de Porto Real e Varys, após ouvir os sinos da morte de Tywin, também o acompanha, deixando a cidade para começar sua própria versão do Jogo dos Tronos. Acredite ou não, o jogo de Tyrion envolverá ir ao fundo do poço, passando por escravos, mercenários e tramas esquecidas desde antes do trono passar a Robert... O anão finalmente está livre para por sua marca na história.

Sempre fico curioso ao saber as cenas finais das temporadas. Na primeira tivemos Dany com seus dragões, na segunda vimos os Caminhantes, na terceira vimos Dany de novo como Mãe dos Escravos e agora tivemos Arya, navegando rumo a Braavos e dizendo seu esperado Valar Morghulis à pessoa certa, conforme instruída por Jaqen H'ghar na segunda temporada.
E agora, que venha a quinta!

O que esperar da próxima temporada? 
 (SEM SPOILERS PARA QUEM VIU A SÉRIE)

Bem... muitas possibilidades foram abertas agora, com a morte de personagens e o surgimento de novos...
Os caminhos de Arya vão levá-la pela cidade de Braavos, chegando ao Templo do Deus de Muitas Faces e por uma misteriosa religião que a transformará numa das personagens mais fantásticas de toda a história, enquanto Bran inicia seu treinamento para se tornar um warg, alguém com a habilidade de "entrar" no corpo de outro. Sansa e Mindinho seguem tentando conseguir aprovação dos Senhores do Vale enquanto a garota finalmente toma seu lugar no jogo, fazendo o que for possível para retomar o Norte como domínio legítimo de sua família.
Dany enfrentará as dificuldades de impor sua ideologia à uma sociedade que deseja retornar às origens, enquanto seus aliados, próximos e distantes, vão ruindo. Astapor e Yunkai, as cidades por onde passou também carregam marcas de sua passagem e não demora até que as sementes da guerra se transformem em brotos. E seus dragões crescem cada vez mais selvagens...
Cersei começa a desconfiar de tudo e todos a partir do momento em que se torna a Regente, sem seu pai para apoiá-la. Suas tramas acabam por levá-la a um caminho bem mais sombrio, enquanto Jaime inicia uma jornada para apagar sua alcunha de Homem sem Honra com decisões mais honradas. Quando ninguém liga para o povo, um novo poder se ergue, a Fé dos Sete, representada pelo Alto Septão e pelos representantes do povo, os Pardais: homens de fé, mas não totalmente piedosos.
Em Dorne, a morte de Oberyn Martell faz renascer uma rixa de décadas, enquanto suas filhas lutam para preservar seu nome e vingar seu assassinato. Enquanto isso, nas Ilhas de Ferro, os Greyjoy se preparam para tomar o continente com o surgimento de um novo marinheiro: o temido Euron Olho-de-Corvo, irmão do rei Balon. Ramsay Bolton é ameaçado pela presença de Stannis na Muralha e Theon descobre que nem todos ali querem vê-lo sofrer.
Jon enfrenta seu julgamento pela traição ao código dos Patrulheiros, enquanto Stannis rege a Muralha com mão de ferro, mesmo não podendo ser rei daquela área. A morte do Senhor Comandante (Mormont) exige uma eleição e o resultado pode não satisfazer a todos...
Enquanto isso, Tyrion segue pelo continente oriental, numa viagem não só pelo mundo, mas também pela história... Uma viagem longa o suficiente para ressuscitar pessoas que se achavam que estavam mortas...

Euron, Victarion, Jon Connington, Coração de Pedra... Uma nova temporada nos aguarda.
E o inverno está chegando.

P.S.: Não percam a próxima parte do post com as histórias das Casas de Westeros.

Game of Thrones - As Histórias das Famílias de Westeros (Parte I)



A maioria das pessoas que assistem Game of Thrones e/ou começam a ler os livros sempre encontra uma dificuldade: encontrar uma forma de identificar tantos personagens (afinal nos livros eles passaram de mil).
Para isso eu criei, para você, meu querido internauta, um pequeno resumo (o mais pequeno possível) sobre as Casas e os Sete Reinos de Westeros, para facilitar sua vida quando decidir ler essa tão amada obra... 
Devo dizer que meus resumos ficaram GIGANTESCOS então eu dividi em partes. Aqui temos resumidas as histórias dos Targaryen, Stark, Lannister e Baratheon.
Confiram aí:

ATENÇÃO, ALGUNS SPOILERS À FRENTE.
NADA QUE PREJUDIQUE SUA LEITURA, CASO TENHA VISTO A SÉRIE...
MAS SE VOCÊ AINDA NÃO ASSISTIU, É MELHOR PARAR POR AQUI...

Casa Targaryen: “Fogo e Sangue”.
Valíria/ Pedra do Dragão/ Porto Real/ Baía dos Escravos
Brasão: Dragão de Três Cabeças.
Sobrenomes dos bastardos: Waters. (Bastardos nascidos nas Terras da Coroa)
Domínio original: TERRAS DA COROA.

História: Muitos anos antes havia, no continente de Essos, uma grandiosa cidade: Valíria, a primeira e única cidade cujos habitantes conseguiram domar (na medida do possível) dragões. Os valirianos alcançaram um território tão vasto que ameaçaram a hegemonia de Ghis, cidade que controlava a Baía dos Escravos. Quando finalmente arrasaram o Império Ghiscari, os valirianos alcançaram seu apogeu, até que veio a Destruição de Valíria, um episódio vulcânico que destruiu a cidade. Só algumas pessoas sobreviveram ao cataclismo: os Targaryen.
Os Targaryen eram responsáveis por uma pequena ilha perto de Westeros: Pedra do Dragão, e por estarem muito longe de sua terra, sobreviveram à Destruição. Possuíam três dragões – Balerion Terror Negro, Vhagar e Meraxes. Aegon Targaryen decidiu dominar o continente de Westeros e iniciou uma campanha junto com suas duas irmãs-esposas. Logo todos os Sete Reinos estavam dominados e ele proclamou-se Aegon, o Conquistador, construindo para si a cidade de Porto Real e instituindo a bandeira como um dragão de três cabeças (simbolizando ele e suas irmãs. Seus descendentes reinaram por quase trezentos anos, entre eles Maegor, que construiu a Fortaleza e Baelor, o Abençoado, que tornou-se uma espécie de santo. Para manter o sangue valiriano puro, os Targaryen começaram a casar-se entre irmãos, sendo que quase todos os seus reis eram casados com suas próprias irmãs.
O último rei Targaryen foi Aerys, o Rei Louco. Aerys enlouqueceu depois de um sequestro que sofreu e desde então ficou desconfiado de tudo, passando a suspeitar de todos os seus conselheiros e até de seu filho Rhaegar, que depois foi morto na Batalha do Tridente por Robert Baratheon. Aerys também tinha dois filhos quando morreu nas mãos de Jaime no Cerco de Porto Real: Viserys (morto na primeira temporada) e Daenerys, atualmente uma das principais personagens da história. Viserys e Daenerys escaparam da guerra antes do Saque de Porto Real, fugindo pelo continente de Essos até chegar em Pentos, onde Daenerys casou-se com Khal Drogo dos dothraki.
Família: Atualmente (na série) só resta Daenerys Targaryen, dominando a cidade de Meereen, capital da Baía dos Escravos. Exceto por Viserys, que foi morto por Khal Drogo, os últimos Targaryen morreram na Rebelião de Robert, cerca de vinte anos antes.

Casa Stark: “O inverno está chegando”.
Winterfell
Brasão: Lobo gigante.
Sobrenomes dos bastardos: Snow.
Domínio original: O NORTE

História: Os Starks de Winterfell reinaram no Norte por milhares de anos, desde que os Primeiros Homens dominaram o continente, séculos antes dos Targaryen. Os Starks veneram os deuses antigos, representados pelos Represeiros, árvores brancas de folhas vermelhas, que supostamente fazem uma conexão com seus antepassados. O fundador dos Starks foi Brandon, o Construtor, que planejou e supervisionou a construção da Muralha, milhares de anos antes da série, além de ter erguido os castelos de Winterfell e Ponta Tempestade (que serviria aos Baratheon futuramente). Vários Starks foram comandantes da Patrulha da Noite e muitos puseram seus nomes na história. Entretanto quando Aegon, o Conquistador chegou com seus dragões, não houve escolha para o Rei do Norte na época, Torrhen Stark, que se rendeu e ficou conhecido como "o Rei que Ajoelhou".
Vinte anos antes da série começar, havia Lorde Rickard Stark, pai de Ned Stark e seus irmãos Benjen (da Patrulha da Noite), Brandon (seu herdeiro e noivo de Catelyn Tully) e Lyanna. Lyanna era prometida a Robert Baratheon, que a amava muito. Por ser muito bela, Lyanna atraiu a atenção do príncipe Rhaegar Targaryen, que era casado com Elia Martell, mas mesmo assim sequestrou a garota Stark e levou-a embora. Furioso, Lorde Rickard foi com Brandon até Porto Real, mas foi morto pelo Rei Louco Aerys. Ned uniu-se a Robert e, com a ajuda de Jon Arryn e Hoster Tully (pai de Catelyn e Lysa), iniciou a Rebelião que acabaria com a morte de Lyanna, Rhaegar e sua família, o rei Aerys e a coroação de Robert Baratheon como rei.
Entretanto, ainda há muita névoa sobre essa época, principalmente devido ao nascimento de Jon Snow, bastardo de Ned Stark, cuja mãe ninguém conhece. Existem várias teorias acerca disso, nenhuma comprovada até agora...
Família: Atualmente, na série, os Starks estão dispersos. Ned morreu na primeira temporada, seguido por seu herdeiro Robb e sua esposa Catelyn no Casamento Vermelho (terceira temporada). Seu filho Jon Snow serve na Patrulha da Noite, Bran segue para o Norte para aperfeiçoar seus dons de warg (alguém que pode entrar na mente de animais) e Rickon está desaparecido, embora saiba-se que vagueia pelo Norte. Sua filha mais velha Sansa está no Ninho da Águia, lar dos Arryn, fingindo ser Alayne Stone, sobrinha de Petyr Baelish e fugindo dos Lannister. Arya, a Stark mais nova, anda pelo Vale de Arryn com Cão-de-Caça (Sandor Clegane), embora seus caminhos acabem por guiá-la a um lugar bem longe na próxima temporada...

Casa Lannister: “Ouça-me rugir”
Rochedo Casterly/ Lannisporto
Brasão: Leão
Sobrenomes dos bastardos: Hill
Domínio original: TERRAS DO OESTE

História: Os Lannister sempre são conhecidos pela imensa riqueza e seu ditado “Um Lannister sempre paga suas dívidas”. Há muito tempo, o Rochedo era dominado pela casa Casterly, que reinava no Oeste como Reis do Rochedo, até que, de alguma forma, um homem chamado Lann, o Esperto, conseguiu exterminar a Casa Casterly, tornando-se rei em seu lugar e fundando a Casa Lannister. As terras ocidentais são riquíssimas em ouro e as minas deixaram a casa Lannister a mais rica de todas, já que dizem que há ouro no próprio Rochedo.
Anos antes da guerra, quando ainda Aerys dominava, Tytos Lannister era o Senhor do Rochedo, um beberrão propenso à prostituição que trouxe desgraça ao nome da família. Seu filho Tywin ergueu o nome Lannister ao assumir o posto de Mão-do-Rei com vinte anos e escolher o lado de Robert na Rebeilão. Tywin fingiu apoiar o rei, enquanto secretamente planejava o Saque de Porto Real. Quando Aerys abriu os portões e os Lannister se apossaram da cidade, Jaime Lannister, herdeiro de Tywin e Guarda Real cortou-lhe a garganta, passando a ser conhecido como Regicida a partir daí. Tywin ordenou a Gregor Clegane (a Montanha) que matasse Elia Martell e os filhos do príncipe Rhaegar, o que causou o grande rancor dos dorneses, visto na quarta temporada. Elia Martell foi estuprada e morta pela Montanha enquanto Amory Lorch matou sua filha Rhaenys a facadas, enquanto Gregor Clegane matava o bebê Aegon. Tywin depositou os corpos das crianças mortas aos pés de Robert quando este tornou-se rei. Logo depois, Cersei Lannister, filha de Tywin, casou-se com Robert, tornando-se rainha e dando-lhe três herdeiros: Joffrey, Myrcella e Tommen, embora todos sejam na verdade filhos dela com seu irmão Jaime, o Regicida.
Família: Existem dois ramos de Lannister – os Lannister do Rochedo e os de Lannisporto. Os do Rochedo são os mais influentes, representados por Tywin e seus três filhos no casamento com sua prima Joanna: os gêmeos Cersei e Jaime e o anão Tyrion, acusado de matar o filho de Cersei, o rei Joffrey. Tywin também tem dois irmãos vivos: Kevan, seu braço direito militar, e Genna, casada com um Frey.

Casa Baratheon: “Nossa é a Fúria”.
Ponta Tempestade/ Pedra do Dragão.
Brasão: Veado.
Sobrenomes dos bastardos: Storm.
Domínio original: TERRAS DA TEMPESTADE.

História: A família Baratheon é a mais nova da história, surgindo a partir de Aegon, o Conquistador, 300 anos antes. Orys Baratheon era, supostamente, um bastardo do ramo dos Targaryen, que, ao derrotar a casa Durrendon (que mantinha as Terras da Tempestade), adotou seu lema e símbolo, fundando a casa Baratheon.
Robert Baratheon iniciou uma Rebelião para defender a honra de sua amada Lyanna, mas tudo o que conseguiu foi tornar-se rei, delegando as terras de sua família a seus irmãos: Renly ficou com Ponta Tempestade (para desgosto de Stannis) e Stannis ficou com Pedra do Dragão, antigo castelo dos Targaryen.
Passou a vida toda em bebida, banquetes e prostituição, tendo inúmeros bastardos por todos os Sete Reinos. Após sua morte na primeira temporada, seus irmãos Stannis e Renly passaram a disputar o trono, sob a premissa de que os filhos de Cersei não eram filhos de Robert, mas frutos de um incesto com Jaime.
Família: Após a morte de Robert (primeira temporada) e de Renly (segunda temporada) só restou Stannis em Pedra do Dragão, lutando para reerguer seu exército após o fracasso na Batalha da Água Negra, falido e sem homens, confiando apenas em duas pessoas: a feiticeira Melisandre e seu conselheiro Davos Seaworth. Stannis também tem uma esposa, Selyse e uma filha, Shireen, que teve escamagris quando criança e possui metade do rosto com aspecto de pedra.

Pois é pessoal, essa foi a primeira parte... Logo teremos as histórias resumidas das famílias Tully, Arryn, Tyrell e Martell...
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Ah... e logo publico minha crítica da Season Finale... Aguardem um pouco!

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Game of Thrones - A noite cai e agora minha vigília começa...

Com muito sacrifício, imagem travando e nervosismo, assisti o excelente "The Watchers on the Wall", o sempre aguardado penúltimo episódio de temporada...
Baseado em apenas um núcleo - a Batalha na Muralha - esse episódio mostrou muito da Patrulha da Noite e seus bravos irmãos, assim como adaptou muita coisa de maneiras certas e erradas dos livros.
Bem... Vamos à análise.

ATENÇÃO, SPOILERS À FRENTE. 
LEIA POR SUA CONTA E RISCO.

Começamos com uma recapitulação básica dos acontecimentos anteriores... que simplesmente não têm importância no episódio, já que o destino de Tyrion será deixado para o próximo episódio: "The Children".

No início, Sam Tarly questiona Jon Snow acerca de sua "escapada" com a ruiva Ygritte (sabe de nada, inocente), doido para saber como são as coisas debaixo do edredom. A construção do romance dele com Gilly (Goiva na tradução brasileira) avança mais um pouco na conversa com Meistre Aemon (que será grande parte da companhia de Sam na próxima temporada) e cresce na hora em que ela finalmente chega ao Castelo Negro, fugindo dos selvagens. Gostei do beijo dos dois, algo que só acontece mais tarde nos livros... Então soam os dois toques da trombeta: SELVAGENS AO PORTÃO. E o pior... Nos dois portões.

É interessante a panorâmica que eles dão ao mostrar que os selvagens foram espertos e atacaram os dois lados da Muralha, que protege o castelo do lado Norte, mas não do Sul. Os Thenns e os selvagens acampam perto do Castelo e ao ver a Grande Fogueira de Mance Rayder, atacam todos de uma vez. E aí as mortes vão acontecendo aos montes... Sam e Pyp são designados para proteger o portão e é muito legal ver a forma como Sam encara as coisas depois de seu beijo com Gilly. Aliás, Sam não participa da luta no livro, sendo responsável por ajudar os feridos... Gostei muito dessa mudança, aliás.
Diante do ataque do portão Sul, Alliser Thorne - sempre detestei o cara desde o início - é obrigado a lutar no chão, deixando o comando às ordens de Janos Slynt. Slynt sempre foi um covarde desde o início, um assassino de bebês, banido da Patrulha da Cidade por Tyrion na Segunda Temporada. 
Slynt começa a fazer cagadas no alto da Muralha. Grenn, muito esperto, diz que Alliser o chama no Castelo, deixando o comando para Jon Snow (no fim, o FDP foi se esconder e depois ainda vai ter o desplante de chamar Jon de covarde)... 
Mas no fim, o garoto Snow mostra que sabe SIM das coisas...
Para facilitar vamos dividir as cenas:

1- JON NO COMANDO DA MURALHA:
Logo que Jon assume o comando, surgem da floresta os gigantes que vimos na temporada anterior, montando... MAMUTES, obviamente a única montaria que os suportaria.Jon sabe que o portão não irá segurá-los então pede ordena que sejam abatidos (me lembrou o "matem os trolls" de Gandalf em OSdA:RdR). E é aí que a HBO nos surpreendeu de novo: o gigante puxa um P*TA de um arco IMENSO e dispara uma flecha COLOSSAL (sempre gostei dessa palavra) que ARRANCA (quanto CAPS LOCK, não?) parte da cobertura onde os patrulheiros estão e manda um patrulheiro VOANDO (falei um palavrão nessa hora) pro OUTRO LADO da Muralha. Quando os gigantes (são dois) atingem o portão eles amarram cabos no metal e começam a puxar junto com o mamute (me lembrou o Grond! Grond! - RdR). Com os barris de gelo e fogo (trocadilho detectado) lançados do altos mamutes saem correndo, os gigantes debandam, sendo que um é abatido, deixando o outro furioso. Quando o gigante começa a levantar o portão (muito boa essa cena), a única alternativa é mandar uns poucos soldados guarnecerem o portão interno, sob o comando de Grenn.

2- ALLISER THORNE NO SOLO:
Sor Alliser defende bravamente o Castelo, abatendo vários selvagens. Sam e Pyp conseguem lutar ali, embora Pyp só consiga atingir um homem, porque depois de algum tempo, surge Ygritte distribuindo flechas como uma maluca e acabando por matá-lo, (na verdade ele está vivo nos livros até agora). Aliás, esses são baita spoilers pros leitores, já que Martin anunciou que, todos os personagens que morrem na série irão morrer também nos livros, PORTANTO... Já sabemos que Pyp, Rakharo, Xaro (S02E02) e mais uma porrada de outros irão morrer lá na frente... Afinal, como diriam os valirianos, Valar Morghulis.
Alliser acaba sendo ferido por Tormund, apesar de deixar o outro incapacitado.
A Patrulha agora não tem líder oficial.

3- JON SNOW NO SOLO:
Sam recebe a notícia que Jon está no comando e resolve voltar ao topo, trazendo seu amigo para a luta no solo. Porém para subir, ele precisa de uma ajuda: Olly, o garoto que teve o pai morto por Ygritte, aciona o elevador e quando o menino apareceu ali já sabia que alguma coisa iria acontecer...
Jon volta ao solo, deixando o comando com Edd Doloroso e um recado: "Se os escaladores vierem, acione a ceifadeira". Fiquei meio na dúvida com esse troço, afinal que p*rra é essa? Mas deixei quieto.
A cena em que Jon retorna à batalha no solo é uma das mais bem elaboradas que eu já vi. O giro de câmera por toda a batalha é sensacional, mostrando cada detalhe e cada luta, passando de Jon para Sam, do outro lado do Castelo. Kit Harington realmente cresceu muito em matéria de luta desde seu filme Pompeia (que diga-se de passagem, não assisti). A cena em que Sam solta Fantasma não me impressionou muito, apesar da luta entre Jon e o Magnar de Thenn ter sido muito boa (aquela batida na bigorna deve ter doído).
Por fim, vemos Ygritte, que passou a temporada toda com uma baita vontade de flechar seu corvo e por fim fraqueja, sendo atingida por uma flecha... E quem é que abate a ruiva? O garotinho do elevador (perdi essa cena, na verdade, tendo visto apenas o "you know nothing, Jon Snow"). A morte de Ygritte ficou bem mais significativa na série, demonstrando a tragédia da coisa toda. Realmente foi uma adaptação melhor que o livro, onde ela morre meio isolada.

4- CEIFADEIRA... WTF?
Uma das características da Batalha da Muralha no terceiro livro é a falta de homens e armas da Patrulha. A proporção de mil contra um é compensada com bonecos de palha, feitos para enganar os selvagens. Os sobreviventes do massacre da Vila Toupeira integram a defesa do Castelo (que aliás é avisado da invasão com dias de antecedência no livro) e a Muralha é defendida inclusive nos degraus de uma grande escada que vai até o topo. A falta de armas e "trabucos" é uma constante.
Quando Edd manda que soltem a Ceifadeira fiquei pensando o que era aquilo. De repente surge uma âncora ENORME que VARRE a Muralha, arrancando os escaladores e garantindo a sobrevivência temporária dos patrulheiros. 
Realmente não faço ideia do que falar acerca disso. Gostei? Sim. Mas me pareceu um recurso colocado em cima da hora, para dar um clímax... Mas beleza, vamos deixar.

Por fim, Jon vê seu amigo Grenn, morto ao defender a Muralha do gigante, junto com seus colegas. Com Tormund como seu refém, Jon decide ir negociar com Mance, sendo esse o final do episódio. Devemos esperar agora para ver o final da temporada. Uma coisa eu posso dizer: você vão se surpreender com o resultado final dessa batalha.
Agora, esperemos o episódio "The Children" o último da temporada e final da adaptação de Tyrion, Arya e Jon no livro três. Estou torcendo para que a última cena seja a do epílogo do livro, com o retorno de um personagem conhecido, mas de uma forma muuuito sinistra. Aguardem.

P.S.: Eu sei que minha crítica é pobre, gente, mas gosto de falar do que vi e temos o grande problema de que a maioria das pessoas não leu os livros, então eu tenho que maneirar muito no que escrevo para não estragar a surpresa.
P.S.S.: Estou desenvolvendo meu "pequeno" texto sobre as Casas e suas histórias, mas vou ter que publicá-lo em partes. Em breve, posto e acho que vocês vão gostar...
P.S.S.S: Quem gostou do gigante atirando a flecha gigante do arco gigante dá um HIGH FIVE gigante \O/\O/

sábado, 7 de junho de 2014

Game of Thrones - Um passarinho, uma montanha e uma cobra

Olá, pessoal. Tudo bem? Eu sei que estou sumido e sei que ninguém se importa com isso, mas o motivo é que minha internet estava meio ruim, mas o bom é que eu voltei.
E voltei com uma crítica de DOIS EPISÓDIOS, o que é melhor ainda. Tivemos o ótimo episódio "Mockinbird" e depois o eletrizante "The Mountain and the Viper", que foi literalmente de explodir cabeças...
Bem, vamos ao que interessa...

SPOILERS A PARTIR DAQUI... LEIA POR SUA CONTA E RISCO:

MOCKINBIRD

 Depois do ótimo final do episódio do Julgamento de Tyrion, vemos as consequências das escolhas do anão. A lei funciona da seguinte forma: "Se você é inocente, os deuses lhe pouparão na luta. Se for culpado, você morrerá. Se não quiser lutar, pode ter um campeão. Se não arranjar um campeão, você mesmo irá lutar".
Tyrion não suportou a traição de Shae então decidiu testar a sorte no julgamento por combate. Sua nada refinada irmã Cersei chama imediatamente o campeão para defender a Coroa: Gregor Clegane, a Montanha que Cavalga, irmão do Cão-de-Caça, Sandor Clegane, que neste momento, leva a espertalhona Arya Stark para o Ninho da Águia.
O anão começa a se preocupar com seu destino, afinal, se ninguém se prontificar a defendê-lo ele mesmo deverá lutar contra a Montanha. Até que a solução aparece na forma de um dornês.
Oberyn, como sempre, domina a cena e na cela de Tyrion, revela todo o ódio de sua irmã por ele, desde que nasceu (é emocionante ver o ódio e tristeza na face de Peter Dinklage nessa cena). A fala "você era uma decepção. Esperava ver um monstro e tudo o que eu vi foi um bebê" é realmente tocante. Por fim, Oberyn revela sua intenção: A Montanha matou sua irmã Elia durante o Saque de Porto Real, a última fase da Guerra do Usurpador, que deu poder a Robert Baratheon quase vinte anos antes. Oberyn tinha por Elia um amor puro, fraternal, diferente da repulsiva relação de Jaime e Cersei. Seu desejo de vingança é o puro reflexo da falta de justiça contra o assassino da irmã, e portanto, nada melhor do que um duelo para resolver as diferenças. Assim, Tyrion consegue Oberyn como seu campeão... E está formado o palco para a mais espetacular luta de toda a série...
Enquanto isso, Arya ainda segue com Cão-de-Caça rumo ao Ninho da Águia. A este ponto já estão tão acostumados um ao outro que até se ensinam determinadas coisas. Sandor precisa dela como moeda e ela precisa dele porque simplesmente não pode viajar sozinha por aqueles lados. Quando encontram o velho com sua carroça quebrada e tripas furadas já estão anestesiados pela crueldade e Cão-de-Caça mostra seu lado "afetuoso", dando ao velho seu descanso merecido e ensinando à pequena como atingir o coração (isso vai ser importante lá na frente, ou pelo menos no livro foi). Logo em seguida, Cão-de-Caça leva uma dentada de um dos fugitivos do recrutamento da Muralha (lááá da segunda temporada). Com seu medo de fogo, Clegane se recusa a deixar a garota queimar o ferimento, o que OBVIAMENTE fará aquela porcaria infeccionar, o que já está dando pra ver...

Em Meereen, Dany recebe a visita de Daario Naharis que pede a ela que faça o que sabe fazer de melhor: MATAR. Ela, pelo contrário, pede que ele dê a ela algo que ela não tem há muito tempo... se é que você me entende. Isso carimba um enorme selo FRIENDZONE na testa de nosso querido amigo Jorah Mormont.

Temos várias outras cenas que nos preparam para os acontecimentos do próximo capítulo, mas uma em especial é a causa de muitas outras coisas: Trata-se do último capítulo do terceiro livro, encerrando a história de Sansa em A Tormenta de Espadas... e de Lysa Arryn na história toda.

ATENÇÃO - DETALHES CHATOS AGORA: Seria interessante ver a história completa de Mindinho (Petyr Baelish), Catelyn e Lysa muitos anos antes em Correrrio (Riverrun) da família Tully. Catelyn Stark era, na época, chamada de Catelyn Tully prometida de Brandon Stark, irmão de Ned e Mindinho era apaixonado por ela, apesar de ser de uma família pobre. Mindinho desafiou Brandon em um duelo e acabou quase sendo cortado ao meio senão fosse a intervenção das duas irmãs Tully: a que o amava e a que era amada por ele. Depois de várias reviravoltas do destino, e de ser expulso de Correrrio Mindinho foi convidado, por Jon Arryn (marido de Lysa) a ser Mestre da Moeda em Porto Real, enquanto Catelyn casava-se com Ned Stark, já que Brandon morreu na Guerra do Rei Louco. Isso explica o amor de Mindinho por Catelyn e o ciúme de Lysa. Antes do duelo, Mindinho foi inclusive o responsável por tirar a virgindade de ambas as irmãs, sendo que engravidou Lysa, que foi obrigada a tomar um chá abortivo.

Voltando à série, Sansa perde a paciência com o "Passarinho", que é o apelido de Robin Arryn, o garoto chato de dez anos que ainda mama nas tetas da mãe e o estapeia. Mindinho assiste a cena e, num lapso de desejo ao lembrar da sua amada Catelyn, beija Sansa, despertando o furor de Lysa Arryn que decide jogá-la pela Porta da Lua (deve se lembrar dela na primeira temporada). Mindinho acalma sua esposa e, decidindo que ela não cabe mais no Jogo dos Tronos, a lança pelo buraco dizendo que somente amou sua irmã Cat a vida toda.
Devo dizer que senti falta de Marillion, o cantor da corte de Lysa Arryn nessa cena. No livro, Mindinho precisava de alguém para culpar e resolve culpar o cantor, preservando sua língua para confessar, mas arrancando seus olhos e (se não me engano) seus dedos, deixando-os nas Celas do Céu. Na série Mindinho faz tudo parecer um suicídio. Por fim, Mindinho fica com o controle do Vale de Arryn, tornando-se Senhor Protetor do Ninho da Águia. Suas ações vão se tornar mais claras no futuro... Por enquanto vamos aguardar...

AGORA VAMOS À CRÍTICA DO TÃO ESPERADO...
THE MOUNTAIN AND THE VIPER

Gostaria imensamente que a HBO mantivesse os dorneses no estilo de Oberyn e Ellaria Sand. São cativantes como deveriam ser... Mas comecemos do princípio...

Goiva (diga-se de passagem o núcleo mais chato da série) está em Vila Toupeira, "protegida" dos homens da Muralha. Mas não da horda de selvagens que se aproximam pelo sul, tentando tomar o Castelo Negro. Os selvagens alcançam a Vila e passam todo mundo pela espada, embora, pela sorte de Goiva, seja encontrada por Ygritte (you know nothing, Jon Snow) e deixada para viver. Jon faz as contas e percebe que cada patrulheiro teria que matar MIL selvagens (tirando gigantes, mamutes e otras cositas más) para vencer a guerra.... E o núcleo é deixado para ser resolvido no próximo episódio...
Vale lembrar que TODO PENÚLTIMO EPISÓDIO É SEMPRE O MAIS BOMBÁSTICO:
S01E09- Baelor: decapitação de Ned Stark.
S02E09 - Blackwater: Batalha da Água Negra.
S03E09 - The Rains of Castamere: Casamento Vermelho.
E agora... S04E09 - The Watchers on the Wall: com a Batalha da Muralha.

Voltamos ao Ninho da Águia, para vermos a reação de Mindinho contra os Senhores Declarantes, a junta de lordes e vassalos da família Arryn que investiga o suposto "suicídio" de Lysa Arryn. Para isso eles chamam como testemunha Alayne Stone, a sobrinha bastarda de Mindinho, sem saber que ela, na verdade é Sansa... e é aí que acontece a transformação. 
Cansada de ser Sonsa, nossa querida Sansa Stark mostra a seu mestre que está realmente afim de jogar o Jogo dos Tronos, já que não tem nada a perder. Os puristas que leram o livro devem ter detestado a cena em que ela revela ser Sansa Stark, já que isso não aconteceu no livro (estamos no livro 5 e todos ainda acreditam que ela é filha bastarda de Petyr Baelish), mas dá para entendermos essa cena como sendo ela tomando as rédeas de seu destino. Inclusive ela parece ter sido aconselhada a manter sua identidade falsa e pintar o cabelo, tornando-se uma incógnita e passando a ser uma promissora peça nesse jogo de poder, agora que Petyr convenceu o doente Robin Arryn a deixar seu ninho.
Aliás, é necessário dizer que, apenas ESSA cena resumiu TODA a trajetória de Sansa no livro 4. Exatamente! A partir de agora não dá pra ter a MENOR IDEIA do que vai acontecer com ela.
Por falar em não ter ideias, Cão-de-Caça chega com Arya ao Portão Sangrento (a entrada do Ninho da Águia) e descobre a morte de Lysa. Confesso que GARGALHEI com a risada da garota, por realmente a cena é hilária... Nunca, nada dá certo para aqueles dois. Também não sabemos o que se seguirá, mas os leitores do livro sabem para onde nossa amada garotinha vai... Valar Morghulis...
"Fedor" aceita voltar a ser Theon Greyjoy para fazer com que Ramsay Snow possa ter o castelo de Fosso Cailin. Esse castelo é uma parte muito importante da geografia de Westeros ficando exatamente no meio do continente, entre o Norte e o Sul, numa região chamada Gargalo, um pântano que separa o Mar Estreito do Mar do Oeste. Theon causa um pequeno motim, fazendo com que Ramsay tome o castelo e esfole todos os ocupantes... Roose Bolton, pai de Ramsay, vê o castelo dominado e aprova o filho bastardo, dando a ele um pergaminho de legitimidade, fazendo com que o Bastardo de Bolton agora seja considerado um filho legítimo. De Fosso Cailin, aparentemente eles pegam um trem-bala ou ponte aérea (nunca vi um povo viajar tão rápido quanto os westerosis) e chegam em um conhecido e amado castelo de todos nós: Winterfell, para que os Bolton, novos Guardiões do Norte (já que aparentemente todos os Starks estão mortos) possam reinar.

Enquanto isso, no outro lado do Mar Estreito, Sor Barristan Selmy recebe uma misteriosa correspondência, delatando a traição de Jorah Mormont. No livro, a traição de Sor Jorah é conhecida por Dany antes mesmo da tomada de Meereen, sendo esta a razão para que ela mande Sor Jorah tomar a cidade pelos esgotos, na intenção que ele morra na invasão. Como isso não acontece, ela o expulsa...
Na série, Dany assume a postura de rainha e expulsa seu cavaleiro da cidade, nada muito diferente do livro. Triste, desconsolado e expulsado até de sua "friendzone", Jorah Mormont vai embora de Meereen, mas devo dizer que essa não será a última vez que o veremos... Logo os caminhos de Mormont vão se cruzar com as linhas do Jogo dos Tronos...
Gostei do romance "inventado" de Missandei e Verme Cinzento. Ele, frio e castrado; ela inteligente e uma mulher forte, encontrando-se num romance proibido por questões, digamos, biológicas. Sempre gosto das cenas em Valiriano. Mostra um ar de profissionalismo e aproximação com a realidade...

E AGORA SPOILERS, SPOILERS E MAIS SPOILERS DA LUTA ENTRE A MONTANHA E A VÍBORA VERMELHA.
NÃO LEIA SE NÃO ASSISTIU...
E... Sem mais delongas, vamos à cena que EXPLODIU nossas cabeças essa semana. O tão aguardado duelo entre A Montanha que Cavalga e A Víbora Vermelha de Dorne.
Oberyn, carismático como sempre, despede-se de sua amante Ellaria e toma sua lança para lutar contra Gregor Clegane, um gigantesco homem de mais de dois metros de altura com uma espada igualmente massiva (devem se lembrar dele cortando a cabeça de um cavalo na primeira temporada, apesar de ser outro ator).
Devo dizer que os movimentos de luta de Oberyn são simplesmente ES-PE-TA-CU-LA-RES. Não via uma luta de lança assim desde o duelo Aquiles/Heitor no filme Troia (que aliás, vale a pena só por causa daquela luta). Nem os movimentos do Príncipe Nuada em Hellboy 2 me surpreenderam tanto. O que nos faz imaginar o estilo de luta dos dorneses: rápidos, ágeis e mortais. Não à toa o símbolo da casa é um Sol e uma Lança.
Oberyn começa a lembrar a Montanha acerca de seus crimes e o assassino cruel de Elia Martell, sua irmã, há tanto tempo atrás, estuprada e tendo os filhos mortos.
"Diga o nome! ELIA MARTELL! Estuprou-a! Assassinou-a! Matou os filhos dela!". Esse mantra é repetido várias vezes, com direito a apontar para Tywin Lannister e acusá-lo do assassinato. Oberyn coloca a Montanha de joelhos e logo Clegane estaria acabado, senão fosse um pequeno tropeção...
Na ânsia por conseguir uma confissão, Oberyn acaba por vacilar, possibilitando à Montanha derrubá-lo e agarrá-lo. Por fim, enquanto arranca os olhos do outro, Gregor confessa:
"Elia Martell! Estuprei-a! Matei as crianças choronas dela! E esmaguei a cabeça dela assim!" E a cabeça da Víbora pinta o chão de vermelho, assinando a condenação de Tyrion.

A maioria das pessoas ficou chocada com essa cena, mas a verdade é que realmente o peso deveria ser esmagador. Uns trezentos quilos na cabeça de alguém deve fazer um baita estrago. Confesso que foi bem emocionante, se comparado com o livro. Em A Tormenta de Espadas, Clegane vai confessando e destroçando Oberyn dentro do capacete, comparando a situação de seu adversário com o bebê Aegon, um dos filhos assassinados de Elia que a Montanha matou esmagando contra uma parede (sim, é repugante).

Enfim... A curta participação de Pedro Pascal mostrou que NENHUM personagem está seguro nessa trama. Realmente não podemos nos apegar a NINGUÉM. Oberyn, o "Mr. Catra" de Westeros se foi e agora só resta a Tyrion enfrentar seu destino, agora que realmente está condenado à morte.

P.S.: Assistam esse vídeo com as reações das pessoas ao verem essa cena. É o tipo que eu mais gosto.

P.S.S.: Estou pensando em fazer um pequeno resumo sobre as Casas de Westeros para explicar as origens e líderes a quem não leu os livros. Vou amadurecer a ideia e depois continuá-la se tudo der certo.
#RIPOberyn #InsubmissosNãoCurvadosNãoQuebrados

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Game of Thrones - This is WESTEROS!

E lá vamos nós pra mais uma semana de Game of Thrones. Uma única cena dominou a metade mais excitante do episódio, o julgamento de Tyrion Lannister... Mas, comecemos do princípio...

ATENÇÃO: SPOILERS
LEIA POR SUA CONTA E RISCO

Logo na abertura fiquei ansioso por ver a cidade de Braavos (sempre me confundi com o nome, afinal nos livros aparece a palavra Bravos). Gostei de ver a grandiosidade do Banco de Ferro na abertura e, é claro, o Titã em todo seu esplendor (foto - lembra bastante o Argonath de O Senhor dos Anéis, mas parece ser inspirado no Colosso de Rodes da Grécia Antiga).
Stannis e Davos vão até o Banco de Ferro para fazer o que todos fazem num banco: pedir dinheiro, afinal Stannis não cultiva porcaria nenhuma e a guerra está acabando com tudo o que ele tem. Inicialmente os banqueiros recusam pelo motivo óbvio: Stannis não terá como pagar, mas depois Davos mostra porque é realmente uma Mão do Rei (e ainda mostrando a mão mutilada) e convence a todos de que Stannis é o mais honrado ali. Ainda fica uma dúvida, mas todos sabemos o que vai acontecer. 
 Aliás, este é um arco que continuará mais à frente, até pelas próximas temporadas, com o surgimento de Tycho Nestoris (tive que olhar o nome no livro agora), um cobrador do Banco que irá ficar "supervisionando" o investimento.
Daenerys - que aliás é com a história mais adiantada, afinal já chegou na adaptação do livro 5 - enfrenta as consequências das escolhas que fez para se tornar Rainha, descobrindo que sustentar um dragão é bem mais caro do que pensa. Na mesma cena, vemos surgir Hizdahr zo Loraq, um personagem muito importante de Meereen. Hizdahr exige que o corpo de seu pai seja resgatado da crucificação de Dany e consegue. Hizdahr é um personagem importante da política de Meereen (eu o imaginava bem mais velho) e a história da Mãe dos Dragões irá mudar muito com a influência dele.

De volta ao Oeste, Yara Greyjoy (no livro Asha) chega ao Forte do Pavor para resgatar Theon.  
Aliás, acompanhem a lógica: Yara demorou cinco episódios e praticamente um mês para sair das Ilhas de Ferro e chegar ao Forte, enquanto Stannis demorou um episódio (consideremos uns três dias) para chegar a Braavos, que é longe pra car***o! Que tipo de mapa eles estão usando?
Enfim... Os Greyjoy assaltam o castelo dos Bolton e tentam libertar Theon que passou por uma tortura tão severa que perdeu sua verdadeira identidade e agora só aceita ser chamado de Fedor - na versão dublada é Podre (detestei). Theon não aceita ir e a confusão acaba por chamar Ramsay, o bastardo mais filho-da-p*ta do mundo. Yara vai embora, convencida de que seu irmão não tem mais jeito e provavelmente vai voltar a Pyke (capital das Ilhas de Ferro), onde a história dos Greyjoy vai crescer para se tornar o núcleo que é em Festim dos Corvos. Porém, toda essa história não existe nos livros. Provavelmente tudo foi só para mostrar ao público a influência de Ramsay sobre a mente de Theon. Ramsay, numa cena curta e cruel, dá um banho em Fedor e diz a ele que precisa de um favor: que ele volte a ser Theon por uns dias... 

O pequeno conselho delibera sobre as coisas que acontecem no outro lado do Mar Estreito. Como sempre, ignoram Dany completamente, sem imaginar o verdadeiro perigo que correm se a rainha resolver retornar ao seu lar. É engraçado ver a contraposição de Oberyn Martell e Mace Tyrell na mesa - um debochado e mais importante do que aparenta; e o outro pomposo e querendo parecer dono do mundo. Varys finalmente abriu a boca na temporada e teve uma conversa com Oberyn na sala do trono. Finalmente vemos a Aranha e a Víbora despontando suas garras e a confirmação da minha teoria: OBERYN REALMENTE MORA NO BORDEL!

E finalmente, o julgamento.
Tommen dá início à sessão, abdicando dos poderes de Rei e colocando o avô em seu lugar, mostrando que tudo seria diferente se ele fosse o primogênito. Ali temos o homem mais poderoso de Westeros onde deveria ficar realmente: o Trono de Ferro (aliás, alguém realmente acredita que Tywin Lannister tenha 67 anos?).
Testemunhas e testemunhas... Tyrion devia estar pensando "eu e minha boca grande...", afinal ele falou besteiras demais, a série toda. Meryn Trant, Pycelle (odeio esse velho), Varys (foi uma cena comovente esta, com Tyrion lembrando como Varys o havia amparado na Batalha da Água Negra) e finalmente, a maior traição de todas: Shae.
Shae mostrou o quanto uma mulher pode realmente ferrar com a vida de um homem. Confesso que ri na cena em que todos estavam rindo, mas foi efeito do julgamento... Cersei (um pouco antes) profere a famosa frase que fez com que Tyrion se ferrasse em todo o julgamento:
"Um dia virá em que a alegria se tornará em cinzas em sua boca, e você saberá que a dívida foi paga".
Tyrion tinha uma escolha aí: poderia confessar e ser sentenciado à Muralha, onde cumpriria a pena em vida, mas depois da traição de sua amada, ele explode e Peter Dinklage dá o maior show de interpretação da temporada toda.
"Sou culpado. Sou culpado por ser um anão. Não matei Joffrey, mas senti alívio em vê-lo morrer".
Peter faz valer seu Emmy de Melhor Ator e declara, ao maior estilo Leônidas:
"Não vou encontrar justiça nas leis dos homens, então deixarei os deuses decidirem meu destino. Exijo um julgamento por COMBATE!". 
E então os violoncelos explodem com "As Chuvas de Castamere" em toda sua potência e Cersei derruba o queixo, o episódio acaba e eu grito "TRUCO!".
Peter Dinklage merece mais um Emmy só por essa cena e pela próxima que fará (se veio atrás de justiça, veio ao lugar errado). Depois peguei o livro pra ver se tinha tudo isso e fiquei satisfeito ao ver o resultado. Diminuíram um monte de cenas sem sentido e fizeram algo espetacular, gostei. Vamos ver o resto agora.

No trailer após o episódio vimos Daario (ainda não me acostumei com o novo ator, apesar de ser melhor que o outro) pedindo a Dany para ser seu assassino particular e vemos Arya novamente... Mais importante ainda, vimos a Montanha (Gregor Clegane) voltar a Porto Real, num aquecimento do que promete ser uma das maiores cenas da série: o julgamento por combate no episódio 8 (The Mountain and the Viper). Sansa termina sua participação do livro 3, com a loucura de Lysa Arryn. Pouco a pouco estamos encaminhando pros livros gêmeos 4 e 5 - pra quem não sabe, O Festim dos Corvos e A Dança dos Dragões se passam ao mesmo tempo. Ansiosos? Eu estou.

P.S.: Duas das sanguessugas de Stannis morreram: Joffrey Baratheon e Robb Stark. Falta uma: Balon Greyjoy, mas não tenho esperanças de ver Euron Olho-de-Corvo essa temporada ainda, e nem Victarion. Os piratas vão ter que esperar mais uma temporada.